terça-feira, 5 de julho de 2011

Quais os limites da crueldade humana?

Até onde chega a crueldade humana? Difícil responder, mas talvez venham às mentes de muitas pessoas imagens dolorosas como as dos campos de concentração do nazismo ou das bombas atômicas no Japão, ou então lembranças das torturas do regime militar, ou de crimes como o recente massacre na escola de Realengo, entre outras tantas cenas e relatos tenebrosos de que a história humana nada tem a se orgulhar.

Do ser humano contra o próprio ser humano, de fato não é fácil dizer qual a maior crueldade cometida. Mas do homem contra a natureza, surge um forte candidato: revelou a Folha de S.Paulo, na última sexta-feira, dia 1º, que desmatadores usaram aviões para jogar herbicidas sobre uma área equivalente a 180 campos de futebol, na floresta amazônica, mais precisamente no município amazonense de Canutama, próximo da divisa com Rondônia.

Segundo especialistas consultados pelo jornal, os agrotóxicos matam as árvores de imediato. O solo e o lençol freático são contaminados e, por conseguinte, os animais, inclusive insetos, também têm suas vidas ceifadas, quando não diretamente pelos venenos que lhes são jogados de cima, sem qualquer piedade. Para completar a desgraça, a saúde humana igualmente pode sofrer as consequências de tamanha maldade até porque exposta aos riscos decorrentes do uso do terreno para pasto e plantações.

Resta esperar que esses criminosos sejam encontrados e punidos, e que isso não se torne um costume, como já são as queimadas, as motosserras e as correntes presas a tratores que derrubam fileiras de árvores em uma só tacada. Se parece não haver limites para a crueldade humana, que ao menos nunca deixe de ser exceção.

Mais detalhes na matéria “Ibama flagra desmate feito com aviões” (como o site da Folha é restrito a assinantes, faço o vínculo a uma página do Instituto Socioambiental, que reproduziu o texto). Abaixo, foto do Ibama e infográfico publicados na capa da edição de sexta da Folha.

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